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SOCIEDADE DE JOGOS DE MACAU, S.A.

Relatório do resultado de exercício do Conselho de Administração,

referente ao ano de 2008

No ano de 2008, foi o primeiro ano em que as 6 concessionárias e subconcessionárias da exploração do jogo em Macau tiveram os seus casinos em pleno funcionamento.

Tendo decorrido alguns anos de rápido surto de desenvolvimento, o Ex.mo Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau divulgou, aquando da sessão de discussão das Linhas de Acção Governativa em Abril de 2008, uma série de medidas para o controlo da actividade do jogo, incluindo a limitação na construção de novas infra-estruturas de jogo. Deste modo, a indústria de jogo em Macau encontra-se actualmente numa fase de consolidação. A política sobre a entrada em Macau de viajantes com vistos individuais da China Continental, que esteve intimamente ligada ao crescimento da actividade no sector do jogo, veio depois a ser restringida em diferentes níveis, o que, acrescido da crise financeira mundial verificada no 4.º trimestre do ano de 2008, afectou também o mercado de consumo e de serviços.

A Sociedade de Jogos de Macau, S.A. (adiante designada por «SJM» ou «Empresa»), cujos responsáveis tem vindo a analisar racionalmente o seu desenvolvimento, pautou a sua expansão mediante um equilíbrio adequado entre os interesses empresariais e sociais. Além de implementação de diversos projectos, a empresa avaliou, cautelosamente, as suas capacidades e a oportunidade de expansão, procurando incrementar a sua competividade e os respectivos resultados.

O rendimento de exploração de jogo pela SJM no ano de 2008 atingiu o montante de 28,800 milhões de patacas, verificando-se uma diminuição de 4,200 milhões de patacas face aos resultados de 2007. Essa redução é devida, principalmente, à diminuição de receitas provenientes das salas VIP e aos investimentos nos projectos do Hotel/Casino Ponte 16 e do Hotel/Casino Grand Lisboa. O imposto anual sobre os jogos de fortuna ou azar pago ao Governo cifrou-se em 10,300 milhões de patacas, ao que acrescem ainda as contribuições para a Fundação Macau e para o Fundo à Construção Urbana e Promoção de Turismo, no montante de cerca de 900 milhões de patacas e tudo perfazendo um total global de mais de 11,200 milhões de patacas. A Empresa obteve assim em 2008, exercício terminado em 31 de Dezembro, antes da dedução de juros e despesas do capital (EBITDA), um lucro de 1,830 milhões de patacas, e após a dedução dos impostos, se situa em 1,240 milhões de patacas. Após a dedução das despesas antes de início de funcionamento do Hotel/Casino Grand Lisboa e do Hotel/Casino Ponte 16, o resultado de exercício do «Grupo SJM», após a dedução dos impostos, atingiu um lucro líquido de 930 milhões de patacas, o qual encontra-se mencionado no respectivo relatório, devidamente aprovado pela auditoria.

Sendo a primeira concessionária da exploração de jogo de Macau directamente listada com sucesso no mercado e com cotação na Bolsa de Valores de Hong Kong, a SJM e Macau identificaram-se como um novo marco histórico. O êxito alcançado pela SJM na integração no mercado de investimento internacional, possibilitou imensamente a sua capacidade de financiamento de capitais e a revelação da sua transparência, facilitando assim um novo impulso na futura expansão da Empresa, o que é considerado de vital importância.

Não obstante a grande concorrência nesse sector, foi finalmente estabelecido o harmonioso consenso pelas 6 concessionárias de jogo na constituição da «Câmara de Concessionárias de Jogos de Fortuna e Azar de Macau», com intuito de fomentar saudavelmente e em conjunto uma melhoria salutar na indústria de jogo, impulsionando o progresso e o desenvolvimento social. De acordo com a sugestão do Senhor Chefe do Executivo da R.A.E.M., o Dr. Stanley Ho, Administrador-Delegado da SJM, exercerá o cargo de Presidente do Conselho Geral dessa associação durante o primeiro mandato, sendo esse cargo desempenhado no futuro, rotativamente, pelos representantes das 6 concessionárias e subconcessionárias de jogo.

Rumo ao futuro, a Empresa continuará, principalmente, a concentrar os seus investimentos em importantes projectos que contribuam para o desenvolvimento da indústria do jogo, com a criação de infra-estruturas de jogo e de entretenimento em locais estratégicos na península de Macau. Em virtude desta Empresa não se ter lançado em excessiva expansão, nem ter contraído demasiados empréstimos vultuosos para finalizar os seus projectos, não existe nos próximos anos demasiadas pressões financeiras para enfrentar a actual situação económica menos favorável, e daí a SJM não tem dificuldades em prosseguir sem sobressaltos, consolidando a sua superioridade no mercado de jogo.

Celebrando o 10.º Aniversário do retorno de Macau à Pátria no ano de 2009, a SJM, habilitada com uma licença de exploração de jogos de fortuna ou azar e com raízes e tradição local, reitera novamente a sua promessa à sociedade, de apoiar a política de «Um País, Dois Sistemas», bem como dará o seu apoio ao Governo da R.A.E.M. na implementação das suas orientações em matéria de administração pública.

Continuaremos a nossa dedicação ao harmónico desenvolvimento económico e social, protegendo a identidade cultural própria de Macau, contribuindo para as iniciativas de caridade, de promoção da cultura, da educação, da assistência médica e do desporto, assegurando que todos os cidadãos venham a ser beneficiados dos frutos do desenvolvimento económico de Macau.

Balanço consolidado do exercício terminado em 31 de Dezembro de 2008

(Em milhões de patacas)

 

Quantia

Total de Activos não-correntes

11 967

Mais: Total activos correntes

6 824

Menos: Total passivos correntes

( 8 206)

Menos: Total passivos não-correntes

( 6 273)

Activos líquidos

4 312

 

 

 

 

 

 

 

 

Capital social

300

Reserva legal

76

Reserva não distribuível

1 000

Resultados transitados

3 118

Capital dos accionistas da Sociedade

4 494

Interesses minoritários

( 182)

Total do capital próprio

4 312

 

Demonstração de resultados consolidados para o exercício terminado em 31 de Dezembro de 2008

(Em milhões de patacas)

 

Quantia

Receitas do Jogo

28 832

Imposto especial sobre o Jogo, cobrança especial à RAEM e prémio

(11 242)

 

17 590

 

 

Rendimentos do hotel, alimentos e bebidas e respectivos serviços

178

Custo de venda e prestação de serviços

( 138)

Outros rendimentos

112

Despesas de marketing e publicidades

(10 418)

Despesas de operação e administrativas

( 6 448)

Gastos financeiros

( 134)

Divisão de resultados de uma empresa associada

( 2)

Divisão dos lucros de uma entidade conjuntamente controlada

7

Lucros para o ano antes do Imposto

747

 

 

Imposto

0

Lucros para o ano

747

 

 

Atribuível para:

 

- os accionistas da Sociedade

929

- os interesses minoritários

( 182)

 

747

 

 

Dividendos

4 005

Mudança dos lucros transitados consolidada para o exercício terminado em 31 de Dezembro de 2008

(Em milhões de patacas)

 

Quantia

A 1 de Janeiro de 2008

6 194

Lucros do ano

929

Dividendos já distribuídos

(3 605)

Dividendos declarados para distribuição

( 400)

A 31 de Dezembro de 2008

3 118

 

Parecer do Conselho Fiscal

Aos Ex.mos Senhores Accionistas:

1. Nos termos do disposto no estatuto social da Sociedade de Jogos de Macau, S.A., o Conselho Fiscal já visou o relatório e contas com data referente aos 31 de Dezembro de 2008, apresentados pelo Conselho de Administração para serem submetido ao visto, aprovação e parecer dos accionistas, bem como o critério utilizado na avaliação dos valores e o seu conveniente aproveitamento.

2. Assim, depois de visados o relatório e contas apresentados pelo órgão administrativo da Sociedade, o Conselho Fiscal tem notado que esses documentos reflectem tão simples quanto possível e por forma correcta, completa e clara, a situação patrimonial da respectiva Sociedade, assim como satisfazem às disposições constantes do estatuto social. Não foi detectado acto ilegítimo ou ilícito.

3. O Conselho Fiscal concorda com a proposta para o aproveitamento do saldo positivo e distribuição dos dividendos apresentada pelo Conselho de Administração.

4. Tendo em atenção o exposto nos pontos anteriores, depois de ter tomado as necessárias medidas para efectuar a verificação geral dos relevantes documentos, é do parecer do Conselho Fiscal de que o relatório e contas com data referente ao dia 31 de Dezembro de 2008, bem como a proposta para a distribuição do saldo positivo e dos dividendos, estão em condições de serem aprovados.

Macau, aos 13 de Março de 2009.

O Conselho Fiscal

Yip Ping Yan

Presidente

 

Relatório de auditor independente sobre demonstrações financeiras consolidadas resumidas

Para os accionistas da Sociedade de Jogos de Macau, S.A. 
(sociedade por acções de responsabilidade limitada, registada em Macau)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade de Jogos de Macau, S.A. relativas ao ano de 2008, nos termos das Normas de Auditoria aprovadas pelo Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau e Normas Técnicas de Auditoria aprovadas pelo Secretário para a Economia e Finanças. No nosso relatório, datado de 13 de Março de 2009, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras consolidadas das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras consolidadas a que se acima se alude compreendem o balanço consolidado, à data de 31 de Dezembro de 2008, a demonstração de resultados consolidados, a demonstração de alterações no capital próprio consolidado e a demonstração de fluxos de caixa consolidados relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras consolidadas resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras consolidadas anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira consolidada da Sociedade de Jogos de Macau, S.A. e dos resultados consolidados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras consolidadas das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Quin Va Watt

Hung Chow

Auditor de Contas

Auditor de Contas

Associado
Deloitte Touche Tohmatsu

Macau, aos 13 de Março de 2009.

 

Lista dos accionistas qualificadosdetentores de valor igual ou superior a 5% do capital social

(Ano findo em 31 de Dezembro de 2008)

Capital Social: MOP 300 000 000.00 (Até 16 de Janeiro de 2008)

Nome do accionista

Número de acções 
(Categoria A/B) (3)

Tipo

Valor total

Percentagem da 
categoria

Percentagem do capital social

Investimentos — STDM, Lda. (1)

A - 2 195 991

Ordinárias

MOP 219 599 100,00

81,33%

73,20%

Stanley Hung Sun Ho (2)

A - 274 509

Ordinárias

MOP 27 450 900,00

10,17%

9,15%

B - 300 000

Ordinárias

MOP 30 000 000,00

100%

10%

Capital Social: MOP 300 000 000.00 (Desde 17 de Janeiro de 2008)

Nome do 
accionista

Número de 
acções 
(Categoria 
A/B) (3)

Tipo

Valor total

Percentagem da 
categoria

Percentagem do capital social

SJM Holdings Limited (4)

A - 2 699 999

Ordinárias

MOP 269 999 900,00

99,999963%

89,999967%

SJM Holdings (Nominee) Limited

A - 1

Ordinárias

MOP 100,00

0,000037%

0,000033%

Stanley Hung Sun Ho (2)

B - 300 000

Ordinárias

MOP 30 000 000,00

100%

10%

Obs:

(1) «Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, S.A.» titular de 99% do capital social de «Investimentos — STDM, Lda».

(2) As acções de categoria B conferem ao respectivo titular o direito ao recebimento anual único de MOP 1,00 a título de dividendo.

(3)

Acções

Tipo

Valor total

Percentagem da 
categoria

 

Categoria A - 2 700 000

Ordinárias

MOP 270 000 000,00

100%

 

Categoria B - 300 000

Ordinárias

MOP 30 000 000,00

100%

(4) Sociedade cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong no dia 16 de Julho de 2008.

 

Membros dos Órgãos Sociais 2008

Mesa da Assembleia Geral

 

Presidente :

Ambrose So Shu Fai

Secretário :

Rui José da Cunha

Conselho de Administração

Presidente :

Cheng Yu Tung

Administrador-Delegado :

Stanley Hung Sun Ho

Administrador :

Ambrose So Shu Fai

 

Ng Chi Sing

 

Rui José da Cunha

 

Shum David Hong Kuen

 

Leong On Kei, Angela

Conselho Fiscal

 

 

Presidente : Yip Ping Yan

Membro :

Miguel António Dias Urbano de Magalhães Queiroz

Membro /Auditor :

Tse Hau Yin

Secretariado da Sociedade

Secretário-Geral :

Rui José da Cunha

Vice-Secretários :

João Baptista Manuel Leão

 

Kong Ieong, Connie

Auditores Externos :

Deloitte Touche Tohmatsu

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